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Empreendedorismo


4 DICAS PARA BOMBAR SEU NEGÓCIO EM ESTETICA
gERSON aGUIAR on 11/01/2015 at 3:56pm (UTC)
 
Decidi iniciar uma série na qual irei listar diversos erros com os quais me deparo no dia a dia de consultorias e ensino de gestão para profissionais de estética. O objetivo é simples: incentivar o empreendedorismo na área, pois, muitas vezes, aprendemos muito mais com os erros do que com os acertos.

Você tem medo de empreender?

Ter medo não é exatamente um problema, e chega até mesmo a ser importante para nos fazer raciocinar antes de agir. Muitas vezes, encontro pessoas que têm grande vontade de abrir um centro estético, mas relatam ter muito medo. Nesses casos, sempre afirmo: quanto mais você conhecer, planejar e controlar a execução deste sonho, menos medo você terá e, consequentemente, maior probabilidade de sucesso. Sabe por quê? Na maior parte das vezes, o que nos bloqueia é simplesmente a sensação do “desconhecido”, do “novo” e da “mudança”.

Menos é mais!

Um erro muito comum que vejo as empreendedoras da área cometer se deve ao volume imenso de ideias, anseios e sonhos que acabam gerando. Nem terminam de implantar uma etapa e já querem dar início a outras mil coisas. Isso mostra uma tremenda falta de foco, o que prejudica o desenvolvimento do negócio, faz com que poucos projetos saiam do papel e praticamente nenhum atinja a fase madura de lucratividade.

Abri uma clínica, mas não gosto de administrar!

Temos ai um grande dilema. Grande parte dos empreendedores da área não consegue compreender que uma clínica, na verdade, é uma empresa, e que não se administra um negócio com eletrotermofototerapia, dermocosméticos e drenagens, mas sim com conhecimentos e a prática diária da gestão financeira, de marketing e operações. Portanto, você tem duas escolhas: ou aprenda a administrar ou contrate alguém pra fazer isso.

O mercado está muito concorrido!

Bom, vamos responder a esta afirmação de forma simples e objetiva. O mercado da estética é concorrido? Sim, é! Porém, afirmo para todos que o nível desta concorrência é extremamente baixo! Em um levantamento criterioso que realizamos, constatamos que mais de 92
os responsáveis por clínicas, centros e consultórios de estética desconhecem conceitos básicos de gestão, e não possuem sequer um planejamento básico do negócio. E o que isso significa? Que se você adquirir um pouco que seja de profissionalismo gerencial no seu negócio, este será o maior diferencial estratégico que poderia ter perante a pseudoconcorrência.

 

Fatores que levam o cliente à insatisfação
Fatima Bota on 03/14/2014 at 12:40am (UTC)
 Albrecht (1998) identificou sete categorias de fatores que levam à insatisfação do
cliente que ele chamou de “Sete Pecados em Serviços”.
A apatia: o autor define a apatia como uma atitude de pouco caso, o funcionário não se
interessa pelo cliente, “não está nem aí”.

A dispensa: o funcionário se comporta como se quisesse se livrar do cliente.
Dá informações padronizadas que não resolvem a necessidade do cliente, não
demonstram o menor interesse de fazer algo especial para atendê-lo.
A frieza: a seleção de pessoas difíceis no relacionamento humano, geniosas,deprimidas, hostis, na posição de estabelecer o primeiro contato (primeira hora da
verdade) é, segundo o autor, uma prática de muitas empresas. Estes atributos pessoais
são negativos e geram no funcionário uma atitude de frieza, que refletem um
tratamento, ríspido, desatento ou impaciente, dando a nítida impressão de que o cliente é
um estorvo, e que ficaria muito feliz se ele desaparecesse.
A condescendência: expressão que o autor usou para definir o tratamento ao
cliente com atitudes paternalistas, como se ele fosse criança. Exemplifica ao segurar o
cliente pelo braço para subir uma escada, carregar objetos sem perguntar se ele deseja o
serviço de carregador, entre outros.
O automatismo: funcionário automatizado que só faz ou fala, conforme foi
“programado”, restringindo-se a normas e praticando uma relação desprovida de calor
humano. Conforme o autor, mesmo quando ele é do tipo que permanentemente está com
um sorriso nos lábios, numa postura autômata, deixa claro que tudo é um processo
mecânico e que o funcionário não está pensando no que faz e nem tão pouco está
interessado em sua demanda individual. Quando se peca por automatismo, a individualidade do cliente não é respeitada
O livro de regras: as regras da organização estão acima da satisfação do cliente, do bom
atendimento, elas não permitem ao funcionário a mínima liberdade de ação, abrindo 41
exceções ou usando o bom senso. Por exemplo, um hóspede que deseja usar a sauna pela
manhã, e o hotel só disponibiliza o serviço a partir das 15 horas.
O passeio: fazer com que o cliente passe de funcionário em funcionário para obter uma
certa informação. Isso pode ocorrer pessoalmente ou por telefone, o que é ainda mais
desagradável “(...) quando isso ocorre e ninguém assume as devidas responsabilidades”.
O cliente é empurrado de um lado para outro sem conseguir resolver o seu problema.
 

CÓDIGO DE ÉTICA DOS ESTETICISTAS TÉCNICOS E TECNÓLOGOS
Sindistetica on 02/10/2012 at 12:21am (UTC)
 
CÓDIGO DE ÉTICA DOS ESTETICISTAS
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ESTETICISTA (TÉCNICOS E TECNÓLOGOS)

CAPÍTULO I

DO OBJETIVO

Art. 1º – Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual devem se conduzir os esteticistas, quando no exercício profissional.

CAPÍTULO II

DAS RESPONSABILIDADES FUNDAMENTAIS

Art. 2º - O esteticista deve prestar assistência, sem restrições de ordem racial, religiosa, política ou social, promovendo procedimentos estéticos específicos que beneficiem a saúde, higiene e beleza do Homem.

I – o esteticista presta serviços de estética facial, corporal e capilar, programando e coordenando todas as atividades correlatas;

II – o esteticista deve auto avaliar periodicamente, sua competência, aceitando e assumindo procedimentos somente, quando capaz do desempenho seguro para o cliente;

III – ao esteticista cabe a atualização e aperfeiçoamento contínuos, de seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais, visando o benefício de seus clientes, bem como o progresso de sua profissão;

IV – o esteticista - Tecnólogo é responsável por seus auxiliares esteticistas Técnicos, seja sob sua direção, coordenação, supervisão ou orientação.

CAPÍTULO III

DOS DEVERES E DAS PROIBIÇÕES

Art. 3º – São deveres do esteticista:

I – exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a legislação vigente e resguardados os interesses de seus pacientes, sem prejuízo da dignidade e independência profissional;

II – guardar absoluto respeito pela saúde humana, exercendo a profissão em conformidade com os preceitos éticos deste código e com a legislação vigente;

III – organizar seu ambiente de trabalho, tornando-o asséptico, conforme exigido pela Secretaria de Vigilância Sanitária;

IV – abster-se de atos que impliquem na mercantilização da Tecnologia Estética e combatê-los quando praticado por outrem;

V – fazer prévia anamnese estética do cliente, que se submeter ao seu procedimento;

VI – indicar os diversos procedimentos estéticos, de acordo com os tipos e alterações da pele;

VII – identificar alterações da pele;

VIII - executar todas as técnicas existentes na tecnologia estética, para a recuperação da pele, desde que apropriadas e reconhecidas cientificamente;

IX – ter domínio técnico na utilização de equipamentos eletro-estéticos aplicados na tecnologia estética ;

X - ter boa visão, agilidade, coordenação motora, atenção, percepção de detalhes e conjunto, paciência, iniciativa, responsabilidade, assiduidade e hábitos de higiene ;

XI - cumprir e fazer cumprir os preceitos contidos no Código de Ética dos Esteticistas;


Art. 4º – DAS PROIBIÇÕES AOS ESTETICISTAS:

I – anunciar cura de enfermidades da pele, sobretudo as incuráveis;

II – usar títulos que não possua ou anunciar especialidades para as quais não está habilitado;

III – praticar atos de deslealdade com os colegas de profissão;

IV – o esteticista cometerá grave infração ético-disciplinar se deixar de atender às solicitações ou intimações para instrução nos processos ético-disciplinares;

V – é vedado ao esteticista aceitar emprego deixado por colega de profissão, que tenha sido dispensado injustamente, por motivos vãos, salvo anuência do órgão responsável pelo seu registro;

VI – considera-se falta de ética da moral profissional, causar qualquer tipo de constrangimento a outro esteticista, visando, com isso, conseguir para si o seu emprego, cargo ou função;

VII – abandonar o procedimento estético, deixando o cliente sem orientação específica, salvo por motivo relevante;

VIII – prescrever medicamentos, injetar substâncias ou praticar atos cirúrgicos;

IX – publicar trabalhos científicos sem a devida citação da bibliografia utilizada, ou mesmo, deixar de citar outras publicações, caso o autor julgue necessário, ressalvando-se o caso em que o autor deixar notoriamente claro, que tais obras não foram reproduzidas para a elaboração do trabalho. Da mesma forma, não é lícito utilizar, sem referência ao autor ou sem sua autorização expressa, dados, informações ou opiniões, colhidas em fontes não publicadas ou particulares;

X – assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo moral ou desprestígio para a classe;

CAPÍTULO IV

DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS

Art. 5º - Fundamentos:

I – só poderão cobrar honorários, os profissionais legalmente habilitados para o exercício da profissão;

II – o esteticista deverá levar em conta, as possibilidades financeiras do cliente;

III – o esteticista poderá recorrer à via judicial, para receber honorários não pagos pelo cliente;

IV – os parâmetros observados para a cobrança de honorários devem ser, as condições sócio-econômicas da região, a complexidade do procedimento, o material utilizado, o desgaste dos equipamentos eletro-estéticos, a escolha de cosméticos importados e a demanda de tempo no procedimento;

V - o esteticista deverá respeitar o critério de cobrança de honorários, observando a sugestão da Associação Profissional que estiver afiliado, para a correta cobrança dos mesmos;

CAPÍTULO V

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 6º - Generalidades:

I – ao infrator deste Código de Ética serão aplicadas as penas disciplinares, estabelecidas pelo regimento interno do Órgão Fiscalizador, sendo avaliadas e votadas em Assembléia Geral .
 

Lições para lidar com a concorrência
Gisela Kassoy on 01/23/2009 at 9:17pm (UTC)
 Diz a lenda que um poderoso sultão tinha o péssimo hábito de se servir de suas concubinas e depois matá-las . Uma delas, chamada Sherazade , achou uma forma de garantir sua sobrevivência: a cada noite , ela contava uma história para seu sultão. Curioso para saber o desenlace final, o sultão não a matou - pelo menos durante 1001 noites. E o que isso tem a ver com concorrência? Ora, comparemos o sultão com um cliente. Podemos dizer que, atualmente , um cliente descontente, ou simplesmente pouco entusiasmado , não chega a matar, mas deleta, esquece, passa para outra. O que fez "Sherazade" para não ser eliminada?

1. Optou Pelo Diferente Em Vez do Melhor

Sherazade teve a sabedoria de perceber que melhor não existe. O que existe é o mais apropriado para cada cliente. Querer ser melhor em tudo elimina o foco estratégico, leva a contradições (por exemplo, querer vender o produto mais luxuoso e mais barato ao mesmo tempo) e tira a identidade dos produtos ou serviços. Por outro lado, o diferente já trouxe consigo a vantagem da surpresa.

2. Usou Seus Pontos Fortes

Imagino que Sherazade sabia que era uma boa contadora de histórias. É muito mais fácil conquistar um cliente aproveitando os próprios pontos fortes do que tentar vencer usando os pontos fortes de outros. Em vez de se desesperar ou invejar as outras concubinas, Sherazade teve coragem e objetividade para detectar o seu talento específico, aquilo que a fez única e insubstituível.

3. Usou a Intuição e a Percepção

Como é que Sherazade ia saber que o sultão se interessaria por lendas? Bem, talvez ele não fosse exatamente o tipo atlético... Um cliente emite sinais do que vai agradá-lo. De forma dedutiva ou intuitiva , Sherazade soube captá-los.

4. Não Agrediu a Concorrência

Para vencer, Sherazade não precisou derrotar ninguém. Pelo contrário, ao criar um novo nicho de mercado, Sherazade mostrou às demais concubinas que havia outras possibilidades. Quem sabe não foi Sherazade que estimulou o surgimento de concubinas massagistas, quituteiras ou dançarinas?

5. Correu Riscos

Sem dúvida. Mas qual risco é maior do que o de ser abandonado pelo cliente? Isto não significa que o risco não possa ser administrado. Provavelmente, Sherazade foi muito tática ao iniciar a contar histórias, observando a reação de seu cliente a cada momento.

6. Criou Uma Nova Necessidade

A inovação de Sherazade não terminou na primeira noite. O cliente ficou extremamente satisfeito , mas não saciado. Os contos sempre terminavam com uma sensação de "quero mais".

7. Contribuiu Para a Vida do Sultão

Com algo novo, Sherazade ampliou os horizontes do sultão. Talvez ele nem soubesse que apreciava histórias.

8. Não Se Limitou às Pesquisas

Imaginem o sultão aguardando Sherazade para uma grande noitada. Naquela hora, adiantaria perguntar se ele queria ouvir uma historinha? Provavelmente, ela simplesmente o envolveu com seu primeiro conto. Produtos novos requerem experimento, degustação.

9. Evoluiu

Visando a continuidade , Sherazade não parou de se desenvolver, criando novas lendas para o sultão não perder o interesse. Um produto pode dar certo, o que não significa que ele está finalizado.

10. Ampliou Seu Mercado

As lendas foram criadas para um cliente específico. Mas foram transcritas e se transformaram num livro, por sinal um best seller. Sem que o cliente inicial se sentisse lesado, Sherazade criou uma forma de ampliar seus rendimentos.

11. Contribuiu Para a Sociedade

Toda inovação promove uma alavancagem. A cada invento nossa sociedade se sofistica. Tornamo-nos mais abertos, mais criativos, mais exigentes. Isto é evolução. Em princípio, a concorrência nos parece algo excelente quando somos clientes e péssimo quando somos fornecedores. Mas o grande desafio não é ser o fornecedor eleito. Mais importante é a chance de crescer e contribuir.

Fonte: Portal Empreender para Todos - Gisela Kassoy


 

Que cheiro tem sua marca?
Portal Administradores on 10/21/2008 at 1:57am (UTC)
 Que cheiro tem sua marca?

Por que o aroma de um creme solar lembra as férias? Por que o cheiro da fumaça da lenha queimada lembra uma imagem de inverno em família? Até há pouco tempo, ninguém parava para pensar nessas perguntas, e as empresas não tinham se dado conta do efeito que produz um aroma agradável na experiência do cliente. A maior parte das empresas baseia sua identidade corporativa na imagem (no logotipo, no patrocínio ou no mobiliário dos estabelecimentos) e no som (o fundo musical das lojas ou a melodia de um anúncio da televisão). Contudo, a emoção que evoca um odor pode ser decisiva na hora da compra e é possível identificá-lo com os valores que a marca pretende transmitir. Pode inclusive servir para melhorar a produtividade e as condições de trabalho de uma empresa.

"Há uma mudança de tendência muito importante no processo de escolha do consumidor", observa Roberto Álvarez del Blanco, professor de Marketing do Instituto de Empresa (IE). Isto se deve à neuroeconomia, "que é a combinação da neurociência, da economia e da psicologia no estudo do processo de escolha dos indivíduos. Esta ciência analisa o papel do cérebro quando a pessoa avalia uma decisão a tomar, quando examina os riscos e as recompensas e a forma como as pessoas interagem umas com as outras", explica. De acordo com o professor do IE, esse conhecimento permite, por exemplo, "que compreendamos com exatidão a resposta humana diante das cores, da luz e dos aromas". Contudo, Gerard Costa, professor de Marketing da escola de negócios Esade, diz que não estamos diante de uma mudança de tendência. "A experiência relativa à percepção dos odores corporativos, porém, requer uma técnica ainda muito incipiente", observa.

Marketing olfativo

A técnica do "marketing olfativo" é mais uma entre as várias técnicas do marketing emocional. Chegar às profundezas do cérebro do espectador está na moda. Trata-se de uma técnica cujos efeitos perduram por vários anos seguidos. "Ela surge do convencimento de que os objetos têm aroma. Partindo dessa premissa, descobre-se que as pessoas, as casas, as comunidades, as cidades, e até mesmo os países, têm seu próprio aroma", observa Álvarez del Blanco.

Costa diz que o termo marketing olfativo entrou na moda há cerca de 15 anos, quando se começou a trabalhar com o neuromarketing. "A tendência chegou primeiramente pela publicidade subliminar e, desde então, estudam-se os estímulos que afetam positivamente o cérebro". Além disso, somam-se ao estudo as recentes pesquisas acadêmicas de caráter científico, estabelecendo-se uma distinção entre "a associação de cheiros às lojas e o projeto de um odor corporativo". EUA e Japão são os países onde há mais empresas "olfativas", isto é, companhias que investem em um cheiro próprio por meio de dispositivos que espalham perfumes nas lojas (ambientadores).

A Muzak, provedora de trilha musical personalizada, produz agora também ambientadores para as empresas. A Singapur Airlines aposta no marketing dos cinco sentidos para atingir um público selecionado; a Disney utiliza essa ferramenta há 15 anos em seus parques temáticos. Primeiro, a produtora americana deu um toque de realismo a seu público de filmes de ação ao introduzir cheiro de pólvora e de borracha queimada nas salas. Depois, impregnou as ruas e parques com cheiro de pipoca para despertar o apetite dos seus clientes. O sucesso da técnica empregada pela Disney incentivou a cadeia de hotéis Hilton e Sheraton, os restaurantes Hard Rock, a linha de automóveis de luxo Lexus e a produtora de cinema Paramount a fazerem o mesmo.

Por que todos os carros novos têm o mesmo cheiro?

Pense, por exemplo, no que acontece quando o vendedor de automóveis lhe passa as instruções sobre o novo carro que você acaba de comprar. Além de se referir à beleza dele, elogiar seu espaço interno, suas linhas modernas, o carro novo também cheira a novo, não é verdade? Não é coincidência o fato de que todos os carros novos "cheirem a novo". Trata-se de um odor resultante de muitas horas de dedicação de um grupo de especialistas no assunto. "Há aromas específicos e outros que são universais", explica Álvarez del Blanco. E acrescenta: "Não podemos nos esquecer de que o olfato é o mais primitivo de todos os sentidos. O ser humano tem mil genes relacionados ao olfato. Cerca de 60% estão hoje inativos. O ser humano pode distinguir entre dez mil odores distintos. Não é nada comparável aos cães, que são capazes de identificar cem mil, e aos ratos, que conseguem diferenciar entre 200.000 odores."

Contudo, criar o aroma de uma marca não é nada fácil. Costa explica que "deveria ser um processo baseado no posicionamento que desejo dar à minha marca, além de ser algo integrado ao mix de marketing de minha empresa e coerente com ele". O professor da Esade cita como exemplo o sucesso mundial da Singapur Airlines, que "soube construir um odor específico para sua marca em sintonia com outros aspectos do marketing da empresa tomando por base no posicionamento que queria dar à companhia: um toque oriental". Em 2003, o marketing de aromas movimentou cerca de 30 milhões de dólares em todo o mundo, e espera-se que chegue a 220 milhões em 2010. Na Espanha, o marketing do olfato é uma técnica ainda incipiente, embora o mercado de ambientadores para o lar e para o automóvel tenha crescido 74% nos últimos quatro anos.

Ambos os professores concordam que esse marketing encontra-se ainda em fase inicial, e que ainda há um longo caminho a percorrer. "Nos EUA, o marketing de odores encontra-se mais avançado do que em qualquer outro lugar. Na Espanha, ainda é cedo para uma avaliação. O setor que mais investe nesse tipo de marketing é, principalmente, o de automóveis", lembra Álvarez del Blanco. A A de Aroma, uma empresa com um mês de funcionamento, trabalha com a identidade olfativa das empresas de alimento de preparo rápido Pans & Company, Rodilla e Dunkin' Donuts, mas atua também em outros setores: ela tem entre seus clientes a Telefônica (telecomunicações), Cinesa (cinema), AC Hoteles y Mango (moda). A A de Aroma elabora fragrâncias personalizadas para cada empresa em função dos valores que a marca deseja reforçar, e implanta dispensadores de perfumes em seu estabelecimentos cujos cartuchos são trocados uma vez por mês.

O ser humano é capaz de se lembrar de dez mil aromas diferentes

Um estudo da Universidade Rockefeller (Nova York) revelou, em 1999, que o ser humano é capaz de se lembrar de 35% dos odores que sente, ante 5% do que vê, 2% do que ouvem e 1% daquilo que tocam. Além disso, a memória pode reter até 10.000 aromas distintos, ao passo que reconhece apenas 200 cores, de acordo com a pesquisa feita pelos cientistas Richard Axel e Linda Buck, vencedores do prêmio Nobel de medicina de 2004. Comprovou-se também que uma empresa que tenha aroma próprio vende mais do que outra que não possui nenhuma fragrância específica. "Isto acarreta uma diferenciação extraordinária para a marca. Trata-se de uma singularidade que a afeta de modo cabal.

As associações estereotipadas são valiosas, fidelizam o cliente e, principalmente, engendram uma qualidade que é tesouro de toda marca", revela Álvarez del Blanco. Costa acrescenta alguns matizes: "Normalmente, os odores fortes vendem mais. Por exemplo, deixar aberto o forno com pães recém-assados em uma padaria é uma maneira de atrair o cliente que passa pela rua e que se deixa levar pelo aroma agradável que desprende do pão fresco."

Assim, o odor de um creme solar lembra as férias; a torta de maçã quente evoca uma reunião de família e uma fragrância de brisa marinha é sinônimo de liberdade. Contudo, 83% dos investimentos publicitários se concentram em mensagens que procuram seduzir os olhos e os ouvidos, deixando de conquistar os demais sentidos. Álvarez del Blanco lembra que "o aroma percebido pelo olfato dever ser coerente com a atividade da marca para que o efeito seja agradável". Portanto, quando se atinge esse objetivo, o cliente tem uma sensação "agradável, de ordem e de profissionalismo".

Contudo, é preciso levar em conta que "somente os odores relacionados com a natureza são odores globais", lembra Costa. Não se deve esquecer também que, culturalmente, os odores são percebidos de maneira distinta de acordo com o lugar de origem do indivíduo. Contudo, os especialistas estão de acordo em relação ao fato de que os clientes compram experiências, e não produtos. "O odor se associa ao momento em que sinto o desejo de adquirir um produto ou serviço, e não à marca em si. Minha experiência com um determinado produto em casa vai muito além disso", diz Costa.

Buscar a diferença

O sucesso consiste em conseguir criar um aroma que lembre a marca. Os especialistas estão de acordo com o fato de que criar um "odótipo" eficaz requer vários meses de trabalho. "É preciso saber onde a marca se acha exposta, analisar o contexto em que ela é consumida e em que cenário os clientes se relacionam com ela". "No caso da empresa, é preciso definir com o que exatamente desejo me identificar, e é muito importante pensar nos suportes para o odor: como vou difundi-lo, onde quero marcar presença com ele e onde não quero", aconselha Costa.

Ambos os professores também acham que é "muito complicado" obter um aroma universal e que agrade a todos. Costa lembra que os odores são percebidos de maneira diferente "pelos homens e pelas mulheres, pelo país de origem, pela idade e de acordo com a experiência de cada um". Por isso, é impossível que uma mesma fra grância transmita a mesma mensagem a todos. Para Costa, a melhor marca da história do mundo seria aquela que todos associassem a um odor onde quer que fosse. Por fim, lança uma pergunta: "Quem não faz a ligação do odor do incenso com a igreja católica?"


 

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